domingo, 30 de setembro de 2007

P.S.

Ainda a propósito do nome do blog, noutro dia não referi o nome que teria escolhido com a devida sobriedade e ponderação. Seria Original Pirate Material e seria também um roubo descarado aos The Streets. É que, além de achar que é um nome genial para um álbum, aplicar-se-ia na perfeição ao conteúdo deste blog.

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Para cantar de braços no ar

Ainda não ouvi ninguém dizer mal disto, mas duvido que ninguém pense. Falo da moda dos anúncios terem musiquinhas para ficar no ouvido, como a tromba do elefante ou o tenho de virar a minha vida de pernas para o ar. O importante é rimar, o resto logo se vê. Para tal, tenho as minhas sugestões para futuras campanhas de algumas marcas. Apesar da melodia das músicas que referi ser básica, eu não conseguiria fazer perceber as novas aqui. Criar, sim. Eu e toda a gente. Mas, para o efeito, direi para usarem uma melodia fácil e conhecida de todos e só escreverei a letra.

Vodafone (O corpo é que paga; António Variações)
Quando o telefone toca sem aviso
E tu te esforças mais do que é preciso
Dói-te como o dente do siso
Dói-te como o dente do siso
Deixa-o doer, deixa-o doer
Tu querias era atender

Caixa Geral de Depósitos (Ya; Buraka Som Sistema)
Guarda aqui o teu dinheiro
Fazemos contas à maneiro
Vai até ao Rio de Janeiro
Mesmo se só fores um caseiro
(E as pessoas respondem:)
Ya, ya…

Swatch (Nina; Da Weasel)
Olá, betinho, tenho um relógio para ti
Daqueles bem grandes que estão mesmo ali
Chega só o dinheirinho aqui
Acredita que te sentirás muito mais betinho assim

BES (Anel de rubi; Rui Veloso)
Mesmo sabendo que não querias
Vais comprar uma casa em Caxias
Para só a acabares de pagar
Quando já estiveres a babar num lar

Smart (Contentores; Xutos e pontapés)
A carga pronta e não metida na bagageira
Adeus às suas malas
Que não vão
Ficam no chão

Evax (Quero cheirar teu bacalhau; Quim Barreiros)
Ninguém vai cheirar, nem notar nada
Maria!
Ninguém vai mesmo topar nada
Mariazinha, deixa-te lá de coisinhas,
Deixa-te lá de coisinhas
Só não te chegues a pilinhas

Think twice

Cada vez mais tenho a certeza de que se o blogger perguntasse "tem a certeza que quer publicar esta mensagem?" eu não teria metade dos posts que tenho.

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

A causa das coisas

- Tens um blog, como é que se chama?
- Piano e raciocínio.
- Ah. (Com aquela expressão de quem não acha nem giro nem feio, mas principalmente de quem não percebe o porquê)

Apesar de nunca terem chegado a perguntar, eu explico.
Este blog foi criado numa noite de copos (mais uma) que continuou cá em casa. Só isto, se calhar chegaria como explicação, mas vou continuar. De televisão desligada e a rodar todos os assuntos, a conversa foi parar aos blogs (ou terá sido quando nos fomos abastecer de bebidas? Já não me lembro). Sentindo-me excluída, e invejosa, disse "vou criar um blog agora". E criei, assim de supetão. Depois de quase deixar cair o portátil três vezes, de lhe entornar vodka e cinza, lá consegui preencher os dados e chegar à parte do nome. Rapidamente pensei, "vá, tem de ser uma coisa a ver comigo". O piano. Não pelo filme, que é óptimo e nos faz ficar com um nó na garganta durante vários dias mesmo como eu gosto, mas pelo instrumento em si. Gosto de muitos outros instrumentos, claro está, mas o piano é especial. Melancólico, triste e depressivo.

Afinal, "O piano" já existia. Caso não existisse, ia pôr na descrição "O meu instrumento preferido a seguir ao raciocínio" porque na altura lembrei-me e achei graça. Já não acho tanta. Acabou por ficar "Piano e raciocínio" já que este último não estava nas melhores condições.
Podia ter ficado "O piano-só-um-bocadinho-destacado-dos-outros-instrumentos-musicais-pode-considerar-se-o-meu-instrumento-preferido-a-seguir-ao-raciocínio-que-podia-ser-destreza-mental-ou-auto-reflexão-condições-indispensáveis-num-ser-humano-profundo-inteligente-e-com-auto-crítica."
Mas eu não estava assim tão mal.

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

E banco é caixa

Quem sai do seu país como eu e você, tem de adaptar-se a muitas coisas novas, incluindo a língua. Eu tive de aprender que aeromoça é hospedeira, que cadarço é atacador, aprendi que açougue é talho, trem é comboio, torcida é uma claque, pimbolim é matraquilhos e aprendi, também, que dar um tapa é mandar um selo.

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

A milenar arte de compor

Ao ouvir tiradas como "Envergonhado, estou-me a sentir" nas músicas do João Pedro Pais, descobri que não é ele que as escreve, mas sim este senhor:

sábado, 8 de setembro de 2007

O vício deste fim de semana

Porque de margaritas e afins já nem se fala.

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

La vie, again

A inevitável repetição, que é a vida, causa-me claustrofobia. Ou deverei dizer vertigens, que não é mais do que queda para o abismo. Eu explico melhor, a sequência de acontecimentos esperados como escola, curso, primeiro emprego, promoção, casamento, "É menino", "É menina"... provocam-me uma sensação que assemelho a ficar fechado num elevador e, ao mesmo tempo, a estar em pleno Cabo da Roca.
É o "Ai, ai, ai, tirem-me daqui, não consigo respirar" alternando com "Ai, ai, ai, a única solução é atirar-me e cair na tentação de não arriscar e fazer tudo igual".

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Posso sempre pôr um vídeo do YouTube

Como alguém perto de mim disse, era bom que a vida fosse sempre assim. A dançar rodeados de gente colorida.
Além disso, o fato dela ficar-me-ia a matar.

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Sobre as séries, rapidamente

Weeds - Desilusão. Está certo que falam de sexo, droga, vibradores e palavrões à vontade mas depois lá vem o drama fácil que faz com que cada episódio acabe com uma música lamechas e ela a chorar. Além disso, ela, a protagonista, fala sempre como se estivesse engasgada e precisasse de uma palmada nas costas ou até uma heimlich maneuver.

24 - É boa, mas como vi a estreia em plena Nova Iorque, cheguei cá e armei-me em boa repetindo a toda a gente "Ah, eu já vi esses episódios quando estive em Nova Iorque" e depois perdi o fio à meada e deixei de ver.

Grey´s Anatomy - É a Ally Mcbeal dos médicos. Drama de faca e alguidar, muita música má com imagens em câmara lenta. Mas eu vejo, atenção. Primeiro porque papo qualquer série de médicos, e segundo porque o apaixonado da Grey é mesmo muito giro assim ao estilo Sean Penn.

Desperate Housewives - Muito bem escrita. É divertida, descontraída e com roupas giras. Aquela locução melosa e arrastada é que já irrita.

Nip/Tuck
- Por vezes drama a mais, o que faz dela má. Por vezes promíscua, o que faz dela boa.

House - Vale por ele, se bem que precisa de ganhar um certo vigor na próxima temporada. E, digam o que disseram, a Cuddy é feia e podia fazer de transexual.

Ugly Betty - Adoro. Tudo é bom nesta série, excepto o argumento. Portanto, sobram as personagens e os cenários, sim, porque a realização também não é grande coisa. Bom, então, o genérico é bom, a Betty é feia, gorda e com as melhores piores roupas de sempre, a recepcionista e o Marc têm piada, e o sobrinho gay da Betty vale quase a série toda.

My name is Earl - A mais descabida de todas. As personagens são melhores ainda do que na Betty, mas com um argumento genial.

Prison Break - Entusiasmante com banda sonora a condizer. Mas, pelos vistos, não o suficiente para me prender (trocadilho fácil a que recorri sem querer).

Lost - O vício. Intrigante e inteligente. Mas também, acho que veria uma série em que o Jack, a Kate e o Sawyer estivessem só a jogar às cartas.

American Dad - Tão estúpida quanto óptima.

The Simpsons - A que nos faz acreditar na imaginação inesgotável. Perfeita, com piadas perfeitas. O facto de ser intemporal faz com que seja uma série fora de série (trocadilho fácil a que recorri de propósito).